sábado, 24 de abril de 2010

Ontem sonhei que tudo pegava fogo. Só não sei se foi verdade.

Macabeando

Sinceramente? Não sei quem sou. Não me venham com hipocrisia me dizer como assim? É, não sei quem sou. Sou tanta coisa, mas creio não ser nada do que eu queria ser. Isso é, se eu soubesse ser alguma coisa. Sou fogo. Sou água. Mas como posso ser assim? Sou louca. Sou sã. Me desespero, me acalmo num piscar de olhos. Queria ser EU. Mas como ser EU se sou outras? Sei que sou 10 números que me identifica no meio de milhões de pessoas.

Sinceramente? Creio saber quem sou, mas é estranho ser EU mesma e uma imagem. Uma imagem que tento passar para as outras pessoas, e uma imagem que as outras pessoas criam da forma que elas querem me ver. Por isso não sou nada. Apenas me sinto um algém criada pelos outros. Me sinto Macabéia. E assim vou macabeando pela vida a fora.
Quero te dizer uma coisa, que está engasgada na minha garganta, desde o momento que te conheci: - EU TE AMO. Tudo que existiu antes de ti era ilusão. Eu já te amava mesmo antes de haver mundo. Eu já te amava sem aperceber-me de mim.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Viva a Brasília!!!!!!!!!!!!!

Abriu-se o rabo imponente e, num piscar de olhos surgiu toda planejada a " justiça". Famigerada justiça! Costruções mirabolantes de fazer cegar na amplitude do alcançe de nossos olhos. Surgiu de repente a terceira margem entre o doxo e o paradoxo. Surgiu dinheiro nas cuecas. As plenárias são regadas a rodízios suculentos de pizzas.
A "farmaconcidade" da famigerada justiça, ou melhor dizendo, a "justiça injusta" dos "justos" jagunços dos Damásios da Siqueira estabeleceu-se, empoderou-se, criou-se uma nova brasília. Nininha bem que previu, matariam o pavão. E o pavão morreu.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Como eu queria poder dominar meus sentimentos. Mas eles me tomam por inteiro, me devoram, me consomem... Ah, como eu queria poder dizer que não gosto de ti.

Mas isso é uma mentira. Mentira das mais "deslavadas" e "incabidas". Ah, como eu queria dizer te odeio. Mas essa palavra nem existe no meu dicionário. Não me sobra mais nada para te dizer, além do que te digo no meu silêncio, na minha ausência indesejada, nas minhas atitudes inconstantes e "inpensadas".

Apenas digo mais uma vez no meu diário o diário EU TE AMO. Pode parecer bobagem, mas foi o melhor que eu achei pra dizer, pensei que você ia gostar de saber.

Então ...

Então ele disse: - minha mulher! Até ela descobrir ser a outra. Então ela disse: - meu homem! Coitado!

Homem chuva ou chuva homem

A chuva que destrói casas e mata milhões de pessoas é a ganância do homem. É o mundo capitalista e excludente. São as construções verticalizantes e marginalizadoras. São as favelas surgidas dos bolsos e cuecas cheios de dinheiro tirado dos que necessitam. O dinheiro extraviado não pode construir os bueros imprescindíveis para o escoamento da água da chuva. O espetáculo da natureza se transformou no espetáculo do homem. O homem roubou e rouba a si mesmo. Roubou a paz dos e os lares que antes transbordavam amor, suor da labuta diária para a construção de um lar, e compra de objetos divididos em vezes. Hoje não se sabe para quem mandar a conta, só Deus nos protege do pior.
O homem roubou e rouba o mais importante, a vida. A vida de quem nem se quer pode falar pela primeira vez o nome do pai e da mãe; a vida de quem nem conseguiu sair do útero; a vida de quem conseguiu depois de muito suor e sangue dizer – hoje sou cidadão. O que será dessas pessoas? Quem poderá salvá-las?
A chuva é o homem, é uma caixinha de surpresa, é um barranco desmoronando na cabeça de quem paga suas contas, impostos mirabolantes, inventados para tirar mais do salário que não paga nem o mínimo. Quem pagará as mortes e destroços das casas e corações? Na sala da justiça o homem pagará uma a uma as vidas, os lares, os sonhos, a paz e o amor que foi tirado abruptamente das pessoas. A chuva que destrói é o futuro candidato a presidência da República dançando o “rebolation” e visitando o Mercado Modelo em plena catástrofe. O homem evoluiu e aprimorou seus métodos violentos de matar e oprimir o outro, não sabendo que é a si mesmo que ele coage. Não é mais o poderio bélico, o massacre humano é a chuva (homem), crack (homem), é o engarrafamento de milhões de baianos, por causa de quatro mil dentro de seus carros blindados, que saíram de grandes hotéis de luxo. Quem pagará pelas demissões? Quem pagará as parcelas que sobraram dos desempregos em massa? Quem pagará pelas vidas que não tem preço?Quem convencerá o chefe que foi a chuva, o crack, o engarrafamento? Quando descobrirem a resposta, por favor, me digam!

Senti(mento)

Como desistir de alguém que se ama? Como deixar esquecer um sentimento que se sente? Queria poder ser dona dos meus pensamentos, dos meus desejos. Mas o que sou? Esse pensamento roto, esse abraço partido, essa solidão do EU. Sou o que não sou, ou melhor, tento ser o melhor de mim. Mas qual o melhor de mim?

Meu amor, o que você quer de mim? Por mais que eu tente encontrar qual a formula do amor, eu não consigo. Navego por mares nunca dantes navegado, viajo por terras desconhecidas, adentro corações rasgando-os com faca.

Mas o que quero mesmo é ter VOCÊ. Ter você perto de mim, para sempre e, eternamente dizer que te amo, do meu jeito, tosco, mas foi a forma mais sincera que achei para dizer TE AMO. Dizer te amo não quer dizer que um dia não vá te magoar, não que esse seja o meu objetivo. Mas dizer te amo é demonstrar meus sentimentos mais puros e sinceros. Dizer te amo é retirar dos meus pensamentos os milhões de pensamentos que me devoram. É simplesmente dizer com palavras o que sinto aqui dentro e que me corrói todos os dias e noites... sem cessar.