sábado, 6 de agosto de 2011

A vida é um sopro...

    Ontem vi uma cena que me chocou muito. Diante do fato percebi que a vida é um sopro, simplesmente poderemos deixar de existir num piscar de olhos. A cena era, foi e será triste para esse jovem, pois ela carregará a marca da tragédia no corpo. Para mim, ficará na lembrança como um fato triste e lamentável. 
    Por volta das 22:00 horas de ontem, estava indo para casa, só que no meio do caminho o trânsito estava parado aqui em Itinga. Então desci da topic e estava indo caminhando para casa, quando vi o motivo para tal parada dos carros e pela multidão de pessoas ao redor. A cena foi forte e não me sai da cabeça. 
    Ela tinha acabo de ser atropelada, graças a Deus ela etá viva, só que perdeu um pé. A jovem não teve tempo de se desviar do ônibus que passou por cima de seu pé esquerdo, que estava completamente destruído. Acredito que pelas condições ela deva ter que amputá-lo. A culpa pelo atropelamento não foi do ônibus, e sim de uma pessoa inconsciente parada no lugar errado, no ponto de parada do ônibus. O culpado fugiu após ver que a menina estava gritando. 
    Mas o que fica desse triste fato para mim é a lição que me deu. Vivo reclamando da vida, enquanto tem pessoas que precisam realmente viver. Aprendi que  devo deixar de reclamar e viver intensamente minha vida, pois não sei o momento em que posso deixar de existir. Como também a vida não irá me avisar, conto cada segundo, vivo cada instante como se fosse o último. 
    Amo as pessoas que estão a minha volta, amo meu amor (a pessoa que está comigo hoje) a cada dia. Quero poder dar tudo de bom que tenho dentro de mim. Daqui pra frente tudo vai ser diferente! "Eu vejo a vida melhor no futuro. Eu vejo a vida mais clara e farta. Repleta de toda satisfação (...)  Do firmamento ao chão. Eu quero crer no amor numa boa, que isto valha pra qualquer pessoa. Hoje o tempo voa amor. Escorre pelas mãos. Mesmo sem se sentir. Que não há tempo que volte, amor. Vamos viver tudo o que há pra viver. Vamos nos permitir"...
    Vamos fazer corrente positiva para essa jovem!

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Daniela Prata, vale a pena ouvir!

                                         

    O jornalismo baiano está decadente. Os jornalistas estão mais parecendo políticos corruptos, "roubam" a vida das pessoas e vendem descaradamente ou trocam por fama, poder e acima de tudo IBOPE. É uma vergonha saber que o sensacionalismo tomou conta de nossa imprensa. 
    Não tenho mais estômago para ligar o aparelho de  televisão no horário das doze, hora do almoço pra variar. É lamentável ver que vidas estão sendo vendidas, corpos caídos ao chão estão sendo usados como forma de ganhar audiência, disputa cruel com outras emissoras que exibem o mesmo tipo de programa nesse horário. 
    Pior ainda é ver pessoas leigas que não sabem seus direitos, apenas seus deveres, serem ludibriadas, usadas em prol de algum interesse dos que estão lá em cima. Portas sendo "arrombadas" para adentrarem aos lares e abusar das desgraças do povo, a miséria que assola a população baiana nos subúrbios. 
    A vida das pessoas viram chacota, brigas por causa de pedaço de terreno, por causa de muro são levadas para a tela para  virarem filme de suspense, drama. Poderia se fazer assim como "O conciliador", mostrar uma forma digna e nada sensacionalista de se resolver uma querela, ensinar os meios legais sem precisar fazer barraco!
    Estão apelando para outros suportes, além da tela da TV, ainda pisam, esperneiam, usam e abusam em facebooks, nas rádios, em blogues, e até jornal "sensacionalista exacerbado selvagem" já inventaram. Eu não dou 0,01 centavo que seja nesse tipo de informação. O mundo é violento desde que me conheço por gente, e bem antes de eu nascer já era assim, contudo ao longo dos séculos as coisas ao invés de melhorar pioraram. Levo comigo que a tendência não é melhorar, e sim piorar, mas para piorar não contem comigo, me incluam fora dessa. Como diz  Thomas Hobbes, " O homem é o lobo do homem".
    O horário mais sagrado para a família , em que sentamos à mesa para saborear um prato gostoso e conversar com os filhos, é o horário que os "presuntos" são servidos publicamente na televisão, é o horário em que os jovens estão assistindo a esses programas, e  ao invés de assimilar coisas boas, e ao invés de ouvir mensagens positivas, e ao invés de assistirem a programas educativos estão eles vidrados na tela com um controle remoto e indo e vindo de canais nos intervalos. Quando saem de casa, às vezes, cometem os mesmo erros que viram na televisão. Depois dizem que a culpa é dos pais, mas culpados somos todos nós ou pelo menos os que dão audiência a essa pouca vergonha.
    Mas, o motivo de eu estar fazendo essa postagem em meu blogue não é por isso. Tudo isso que foi dito anteriormente é para mostrar que mesmo com todas essas porcarias públicas, ainda é possível garimpar programas idôneos, e principalmente pessoas idôneas e humanas, que respeitam o espaço dos outros e que sabem que a vida não é brincadeira. Jornalismo é coisa séria, vidas são VIDAS e não mamulengos.
    Daniela Prata, que apresenta o Bahia no Ar é um exemplo de jornalista competente e humana. O programa dela faz gosto assistir e ouvir o que ela diz. Não tem aquela espalhafatosidade, nem gritaria, nem palavrões. É o exemplo  que pra ser competente não se precisa de nada mais do que humanidade, humildade e respeito ao próximo. Ela é uma jornalista que passa verdade em suas palavras, que solicita de forma educada e com respeito, e acima de tudo com ética ao poder público aquilo que deseja. Mas se precisar falar alto, ela fala! Contudo não grita, essa é a diferença em dar ênfase ao que se fala e de se gritar.
    As suas palavras de afeto e respeito ao povo é seu diferencial. Ela trata as pessoas como elas são, humanas em suas humanidades. Nada de invadir lares, vender misérias, explorar a morte dos outros para ganhar audiência. Tenho certeza que se esse fosse seu objetivo, seu programa seria exibido as 12:00 horas e não as 6:30 da manhã. Graças a Deus nem todos os jornalistas se corromperam ou venderam a alma ao diabo.
    Já não assisto mais a jornais como eu gostaria de assistir ou como assitia antes. Bahia no Ar é um dos poucos jornais que vale a pena assistir, principalmente pela manhã, no horário do café. As noticias são passadas de forma neutra, se é que a neutralidade exista, mas de forma imparcial. Sou fã da Daniela, e quem quiser que diga que eu sou puxa saco, tô nem aí, pois o que é certo ninguém gosta, agora o que é errado todo mundo apoia.
    O blogue da Dani, se é que posso chamá-la assim tão intimamente (risos) é super alto astral. As mensagens que ela posta são positivas, não tem sangue, não tem corpo, etc e tal. Mensagens de alto estima, acolhedoras, verdadeiras e principalmente vindas do coração. Ela é daquele tipo de pessoa que se olha e não se engana quanto a seu caráter, inabalável! Estou escrevendo para que outras pessoas possam conhecê-la e verificar com seus próprios olhos e ouvidos quando forem assistir ao seu programa. Passar à frente coisas boas e positivas é o nosso papel como seres humanos, temos que ser altruístas e não esperar que sejamos recompensados pelo que fazemos, pois quem faz de coração não precisa de recompensa, Deus tudo pode e tudo vê e, dará o cobertor conforme o frio e não desampara aos seus.      

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

As coisas só acontecem comigo

    Sabe aquela sensação de que certas coisas ou as piores coisas só acontecem com a gente quando tudo dá errado? Pois é, essa é sensação que estou sentindo. Tudo está dando errado. Certas coisas ainda consigo tirar de letra e rir de mim mesma depois que passo pela situação, mas tem coisas que não dá pra passar nem com copo de água ou um barril de cerveja. Nem mesmo abstraindo. Tudo dando errado, fora do prumo e do rumo... Vamos acertar isso aí Deus, por favor!

terça-feira, 2 de agosto de 2011

A vida rasga em dor de parto




      A vida rasga em dor de parto na noite do centro das cidades, e também nos cantos imundos, nas vielas e buracos de ratos que as pessoas dormem ou dão o seu último suspiro de dor, sofrimento para acabar com suas agruras . Pessoas passam e não vêm que uma vida pulsa a sua frente, em estado terminal e degradante. Pessoas hoje não fingem mais não ver, elas não vêm simplesmente que um outro está ali. 
      Constroem uma redoma, com a farsa que vivem, são incapazes de sentir qualquer coisa que não sua respiração. É humilhante ver crianças que não sentiram sequer o sabor do leite materno, nem mesmo sabe o que é ser amados ou ter uma mãe. Pai? Não, essa figura para essas pessoas não parece tão necessária, mas a mãe em qualquer lugar é imprescindível. Eles se grudam a uma estranha na rua, e faz dela o seu refúgio, sua fortaleza.
      Os idosos arrastam-se pelas paredes, ou engatinham em busca de restos de alimentos. Pessoas reviram lixo, come comida estragadas das latas que os restaurantes jogam fora. Comida essa que poderia alimentar milhares de pessoas que nem sequer sentiu uma migalha cair no estômago hoje. Que até já esqueceu que tinha que se alimentar. Já são 17:00 horas, e as horas passam rastejando para essas pessoas. Os donos de restaurantes dizem que não se pode dar comida a elas, então que mutem seus clientes com taxa de desperdício de alimento, que mutem sua ignorância e alma mesquinha. Se eu tiver pagando, dou comida a quem eu quiser, pode colocar na quentinha que eu vou levar!
      O dia continua rastejando, como se fosse um martírio, dormem para esquecer a fome, para alimentar a alma de sonhos, de desejo de sair dessa vida. Sonham com uma mesa farta, um coberto limpo, uma cama longe de baratas, ratos, excrementos, coceiras. Sonham com uma família. Uma camisa se transforma em seu coberto e ao mesmo tempo em sua vestimenta. De conchinha, se dobra como um malabarista e se enrola e se veste, e dorme, e se curva com dor de fome, dor de alma, dor que chega a ser de parto a fórceps. 
      Como dizem, os animais são amigos leias, são os seus melhores amigos. Eles têm pena dos bichos que ficam soltos, cuidam como se fossem a um filho, já que filhos muitos não podem ter, apesar de ver mães com um em cada braço e outros no chão em fila indiana. Alimentam os animais dividindo metade da migalha que comem. Não têm preconceito, só querem um pouco de atenção, que muitos de nós se recusam a sequer ouvir, sendo que muitos de nós contribuímos para que eles estivessem ali. Continuem jogando comida fora, continuem olhando torto ou não olhando. Continuem sem humanidade. Continuem sem alma, cegos de enxergar o lugar errado.  
      Para alguns as drogas é o refúgio, é o transcedente, o nirvana. Já não sentem frio, nem calor. Dormem em chão de pedra ou de mármore, ao relento, debaixo de chuva, debaixo de um sol escaldante em pleno meio dia de Salvador. Linha do Equador. Já não sentem fome. Já não têm mais esperanças. Já não vivem. 
    As pessoas continuam a passar, continuam a não enxergar, continuam a pisar, a chutar, a desperdiçar comida, negar amor. O centro das cidades, é o centro de todas as dores, de todos os sofrimentos, discriminações, preconceitos, exclusões, e falta de vergonha na cara das pessoas que humilham seu semelhante, que julgam, que cospem, escarram como se fossem lixo. Não aguento mais ir ao centro da cidade e ver gringos, e delegacia para turista, e lojas para turistas, e atenção para os turistas, e "puxa saquismo" de turistas, e "babação de ovo" de turista, e principalmente policiais para os pobres, miseráveis, pretos dessa cidade, que escancara descaradamente seu amor ao povo. Estou cansada de politicagem, de falso moralismo, demagogia, hipocrisia, e tudo de "ia" que existe nessa podridão. Estamos precisando de uma lavagem cerebral ou a vida terá sempre esse quê de futilidade.