segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

À flor da pele!



    "Só sei dizer, que não sei ser humana, não sei conviver de dentro da alma triste, com sonhos que não se ama. Não sei ser útil, mesmo sendo ser prático, cotidiano e nítido. Amei e odiei como toda gente, mas, pra toda gente isso sempre foi normal e instintivo. Para mim, sempre foi exceção, o acaso, tristeza, o óbvio. Eu não sei se a vida é pouca ou demais para mim. Eu não sei se eu sinto de mais ou de menos. Só sei que a vida, de tão interessante que é a todos os momentos, a vida chega a doer, a pulsar, a sangrar, a ranger, a dar vontade de dar pulos, de sair de todas as lógicas, de todas as casas e de ser selvagem, entre árvores e esquecimentos. Eu não sei se eu sinto de mais ou de menos, mas, o amor sempre foi o meu lugar, e o meu coração não quer viver batendo devagar!"  
      
        Myllena Varginha, mais conhecida, apenas, como Myllena!

Música "Quando", cantada com a participação de Isabela Taviani, em 19 de dezembro de 2010, no Teatro SESC Casa do Comércio, Salvador - Bahia!


    Diante de tantas coisas, que me vem acontecendo, ultimamente, eu ando à flor da pele. Diante do espetáculo da vida, que acontece em minha rotina à flor da pele. Diante de palavras ditas escancaradamente, na frente de todo o mundo, que me faz parar, pensar, sentir, tão intimamente tudo o que é viver. O que um refrão desse pode causar em mim, não pode ser dito sem pesar.  
    Diante da tão complicada vida, que me faz rir, chorar, chorar rir, sentir raiva, ódio, tudo passageiro, a tempos que me faz pensar nela, vida, dia após dia, sem cessar. 
    Diante dessas palavras ditas, percebo que alguém se encontra no mesmo lugar que eu, que sente como eu sinto as coisas, a vida, o mundo. Diante de tão outra, mas, eu, um pouco de mim, de meu nome, ao mesmo tempo, no mesmo lugar, na mesma conexão de sentimentos. 
   Diante de tudo isso, sinto minha vida pulsando, minha pele queimando, meu corpo ardendo em brasas. Chama que queima, que pede para queimar, destruir, deixar em labaredas alguma coisa que alcance, que esteja ao seu redor. 
    A vida parece ter outro significado, o que não sei definir, ao exato. Mas, pra mim, ela é esse redemoinho, esse sentir, sem saber definir. Viver é tão complicado!
    Não sei ser humana. A humanidade me aflige com seu medo de viver, com a sua maldade, com o seu modo de ser, de sentir e de sonhar. Meus sentimentos seriam mesquinhos, se por um acaso eu fosse humana, de carne e osso. 
    Minha vida está muito além desse viver. Eu só quero dormir e sonhar, que nada disso é verdade. Que essa humanidade é onírica, utópica. Quero abrir os olhos e ver apenas um clarão, que me guiará por entre todos os caminho, onde quero  passar e chegar, e ir, caminhar, sem parar... 

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