quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Alugo minha língua







                          alugo_minha_lingua
    Alugo minha língua, peça dirigida por Fernando Guerreiro, estava, e infelizmente não está mais em cartaz no Teatro Vila Velha. O espetáculo discute, através de uma encenação marcada pela linguagem da performance e com um viés musical acentuado, as relações entre a perversão humana, a sexualidade e a sociedade de consumo. A peça visa explicitar, à luz do conceito de modernidade líquida do sociólogo polonês Zygmunt Bauman, como a urgência e a espetacularização da sexualidade nas sociedades contemporâneas resultam no esvaziamento das relações humanas e no tédio.


    Assim como a primeira ação do Supernova Teatro – o espetáculo “Os Enamorados” – o objetivo é proporcionar ao público uma experiência artística instigante, que ultrapasse o momento da fruição do espetáculo e se estenda desde comentários na internet a ousadas discussões em mesa de bar. Alugo Minha Língua discute os conceitos e limitações que a vida em sociedade impõe às expressões comportamentais de cada indivíduo. O projeto foi contemplado com o Prêmio Myriam Muniz em 2010da FUNARTE/Ministério da cultura
    A peça é realmente muito instigante, para quem viu vai ficar a saudade e a vontade de ver novamente, para quem não viu vai ficar na vontade e na expectativa de entrar em cartaz em outro teatro, e tomara que entre meso, pois eu a verei de novo. Para os falsos moralistas de plantão, os hipócritas e demagogos que não vão ao teatro ou até que vá, acredito ser necessário veem essa peça, para quem sabe cair na real.  O melhor momento da peça foi o final, apesar de todos os momentos terem sido bons. Mas, o final para uns foi chocante, para outros e acostumados  ao teatro foi normal. óbvio que não contarei o final, quem não viu vai ficar na curiosidade, mas fazer o que os atores fizeram não foi exagero, mas para uns podem ter visto como desnecessário, mas até omnde é desnecessário e porque foi desnecessário? 
    No dia em que fui ver a peça, a sala do teatro Vila Velha lotou e não deu para quem quis naquele dia. As cadeiras principais estavam lotadas os pessoas que respiravam um ar de superioridade e intelectualidade, e que creio que esses sim ficaram assustados com o que viram. Só tenho a dizer que a peça é muito boa, uma das melhores que já vi, além é claro de "Uma vez nada mais", de Hebe Alves, em cartaz no Teatro Jorge amado, na Pituba.  

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