terça-feira, 27 de abril de 2010

Mas nem é poesia, é música, sem cromatismo fake em versos medidos. Não cabe perguntar "da sombra daquele beijo". Apenas permaneço à escuta. Há um telefone que toca tarde da noite, a correspondência incompleta, fios e ondas sonoras. Fico em silêncio, consumindo a sua ausência, consumando a sua ausência. Vontade de dizer vem cá, doma essa angústia. Mas agora é cinzas, o carnaval se foi. Fico com velhos leões de circo, que não rosnam e nem mordem, antes imploram um pouco de comida. Já não fugimos para a praia no meio da semana, energia raivosa de adolescentes. E nem é, digo sem mágoa, nem é poesia...


Uma balada para Janis, Pearl, Kátia Borges.

Nenhum comentário: