sexta-feira, 21 de maio de 2010

Rascunho do tempo

    Todos os dias fico aqui em frente, sempre pensando o que escrever. Deparo-me com a tela a me espreitar. Mas na verdade eu poderia ficar minha vida toda tentando descrever o que sinto. Nenhuma palavra poderá, jamais, alcançar a amplitude desse sentimento infinito que me toma por inteira. Na verdade sinto uma vontade extrema, é quase uma necessidade física e mental de te colocar em letras garrafais. Em frente aos meus olhos, tento te ter, te tocar e te consumir por inteiro.
    Você foge, e num piscar de olhos reaparece. Reencontro minha paz. Te reencontro, e o desejo inconstante me consome. Fica sempre essa vontade de te tomar num gole só, com os olhos vendados te amar por inteiro, e num último gozo, acordar para a vida que me espera lá fora antes que o tempo seja desperdiçado.

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